A dengue é objeto de estudo de grandes institutos de pesquisa do mundo e um trabalho realizado no Departamento de Microbiologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte, indica para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença que ocorre principalmente nos países tropicais, como o Brasil.
Segundo notícia publicada no portal G1 MG, a vacina contra o vírus tipo 3 vem sendo estudada desde 2006 e utiliza o mesmo componente viral que resultou na erradicação da varíola.
De acordo com o site, os primeiros testes realizados em camundongos, concluídos em dezembro passado, apresentaram 100% de proteção. O vírus usado como vacina contra a varíola foi modicado e recebeu um pedaço de DNA do vírus da dengue. Depois disso, foi injetado num organismo vivo, provocando uma resposta imune, que foi memorizada pelas células. Após este procedimento, o vírus da dengue foi inoculado em camundongos, cujo sistema imunológico estava apto a produzir células de defesa, impedindo a infecção.
A dengue pode matar e sua prevenção e combate deve partir de todos. No ano passado o país notificou mais de 1,4 milhão de casos suspeitos e, segundo o Ministério da Saúde, Minas Gerais foi o estado com o maior número de mortes por dengue em 2013, atingindo o número de 116 óbitos. O número de casos notificados da doença no estado chegou a 435.828. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde, foi o maior número de casos e mortes já registrado.
Segundo o pesquisador Flávio Guimarães da Fonseca, que coordena o desenvolvimento da vacina, o objetivo da pesquisa é oferecer um produto melhor, tanto em proteção, quanto em custo. “Uma vacina gerada aqui não passa por parceiros internacionais, portanto seria mais barata, mas adequada às necessidades da saúde pública brasileira”, ressaltou.
Os pesquisadores da UFMG comemoram de forma contida os resultados, já que novas etapas da pesquisa precisam ser cumpridas, mas pretendem utilizar a mesma estratégia para os sorotipos 1, 2 e 4, caso o estudo funcione.