A bioquímica é uma ciência essencial que investiga os processos químicos e biomoleculares que ocorrem nos organismos vivos, integrando conhecimentos de química e biologia para entender as funções e estruturas das biomoléculas fundamentais, como proteínas, carboidratos, lipídios e ácidos nucleicos. Os exames bioquímicos desempenham um papel crucial na avaliação da saúde de um indivíduo, pois são ferramentas valiosas para o diagnóstico, monitoramento e prevenção de doenças. Ao analisar componentes presentes no sangue, urina e outros fluidos biológicos, esses exames possibilitam a identificação de alterações metabólicas e fisiológicas, contribuindo para um cuidado mais eficaz e direcionado à saúde do paciente.
As principais moléculas presentes no nosso organismos que vão proporcionar uma análise eficaz estão descritas abaixo:
1. Proteínas: As proteínas são macromoléculas formadas por aminoácidos ligados por ligações peptídicas. Elas desempenham funções estruturais, enzimáticas, de sinalização celular e transporte.
2. Carboidratos: Os carboidratos são moléculas compostas por carbono, hidrogênio e oxigênio, atuando como principal fonte de energia dos organismos. São classificados em monossacarídeos, dissacarídeos e polissacarídeos.
3. Lipídios: Os lipídios são biomoléculas apolares que desempenham funções energéticas, estruturais e hormonais. Incluem ácidos graxos, triglicerídeos, fosfolipídios e esteróis.
4. Ácidos Nucleicos: O DNA e o RNA são polímeros de nucleotídeos responsáveis pelo armazenamento e transmissão da informação genética.
Em um laboratório de Análises Clínicas, a organização dos setores técnicos é essencial para a formação de uma estrutura sólida, que assegura a entrega de resultados de qualidade ao cliente final. A busca pela excelência nos resultados requer a implementação de avanços tecnológicos que, ao serem aplicados nas análises, proporcionam maior precisão e minimizam a ocorrência de erros comuns. É fundamental que as ferramentas utilizadas sejam adequadas a cada setor, pois isso não apenas otimiza os processos, mas também garante a confiabilidade das informações geradas, contribuindo para um atendimento mais eficaz e seguro aos pacientes. Exemplos de setores técnicos que compõem a estrutura de um laboratório incluem bioquímica, hematologia, imunologia, microbiologia, parasitologia e uroanálise, entre outros, variando conforme o tamanho e a especialização do laboratório. Essa diversidade permite uma abordagem abrangente na avaliação da saúde e no diagnóstico de doenças.
O setor de bioquímica é o setor onde são realizados exames que investigam o funcionamento dos processos metabólicos do organismo. Em outras palavras, mede e expressa quimicamente as alterações normais e patológicas. É um dos setores do laboratórios de análises clínicas que mais aproveita o avanço tecnológico para conseguir precisão em seus exames. Neste setor, utiliza-se tubo primário com identificação por código de barras, analisadores multicanais com sistema de acesso randômico, controle de qualidade incorporado com gráfico de Levey-Jennings e regras de Westgard para assegurar a integridade dos resultados. Os principais tipos de exames realizados no setor de bioquímica estão descritos abaixo:
1. Glicemia: Mede os níveis de glicose no sangue, sendo fundamental para o diagnóstico e controle do diabetes mellitus.
2. Perfil Lipídico: Inclui colesterol total, HDL (colesterol bom), LDL (colesterol ruim) e triglicérides, auxiliando na avaliação do risco cardiovascular.
3. Função Hepática: Exames como TGO (AST), TGP (ALT), bilirrubinas e albumina ajudam a monitorar a saúde do fígado.
4. Função Renal: Creatinina e ureia são marcadores utilizados para avaliar a função dos rins.
5. Eletrólitos: Incluem sódio, potássio, cloreto e cálcio, fundamentais para a manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico do corpo.
6. Enzimas Cardíacas: Troponina, CK-MB e mioglobina ajudam na detecção de doenças cardíacas, como o infarto do miocárdio.
7. Marcadores Inflamatórios: Proteína C reativa (PCR) indicam processos inflamatórios e infecciosos.
Para garantir uma análise precisa e confiável desses exames, é fundamental que os colaboradores estabeleçam metodologias adequadas. Algumas dessas metodologias incluem:
. Espectrofotometria
Como funciona: Mede a absorção de luz por substâncias em uma amostra.
Exemplo de aplicação: Dosagem de glicose, colesterol, triglicerídeos e enzimas hepáticas.
Importância: Auxilia no diagnóstico de diabetes, doenças hepáticas e cardiovasculares.
. Eletrodos Íon- Seletivos
Como funciona: Mede a concentração de íons em uma solução por meio de eletrodos seletivos.
Exemplo de aplicação: Medição de eletrólitos como sódio, potássio e cálcio.
Importância: Diagnóstico de distúrbios hidroeletrolíticos e acidobásicos.
. Enzimáticos (Métodos Cinéticos e Colorimétricos)
Como funciona: Avalia a atividade enzimática ou mudanças de cor em reações bioquímicas.
Exemplo de aplicação: Testes de função hepática (ALT, AST), renal (creatinina, ureia) e glicêmica (glicose).
Importância: Monitoramento da função hepática, renal e metabólica.
. Imunoensaio (ELISA, Quimioluminescência, Radioimunoensaio)
Como funciona: Detecta substâncias específicas por meio da interação antígeno-anticorpo.
Exemplo de aplicação: Dosagem de hormônios, marcadores tumorais, antígenos virais.
Importância: Diagnóstico de doenças endócrinas, câncer e infecções.
. Imunofluorescência
A imunofluorescência é uma técnica bioquímica utilizada para detectar e localizar proteínas ou outras biomoléculas em células e tecidos por meio de anticorpos marcados com fluoróforos.
Sendo responsável pela realização da maior quantidade de exames em um laboratório, o setor de bioquímica, demanda equipamentos com capacidade produtiva que atenda às necessidades específicas do ambiente. É crucial que esses equipamentos apresentem paradas programadas de menor duração e um baixo consumo de água, reagentes e consumíveis. Essa eficiência não apenas aumenta a produtividade dos profissionais, que podem dedicar menos tempo ao manuseio dos aparelhos, mas também permite que se concentrem em atividades que exigem intervenção técnica mais especializada. Nesse contexto, a automação laboratorial se torna uma solução valiosa, pois otimiza os processos, melhora a precisão dos resultados e contribui para um fluxo de trabalho mais eficiente, beneficiando tanto a equipe quanto os pacientes atendidos.
A Analisa Diagnóstica apresenta ao mercado brasileiro os analisadores automáticos de bioquímica e turbidimetria, o Analisa BIO 150 e o Analisa BIO 300. Esses equipamentos são projetados para atender às demandas dos laboratórios, oferecendo alta eficiência e precisão nas análises. Com tecnologia avançada, eles permitem a automação de processos, reduzindo o tempo de manuseio e aumentando a produtividade dos profissionais. Além disso, esses analisadores são capazes de realizar uma ampla gama de testes, contribuindo para um diagnóstico mais rápido e confiável. A introdução desses modelos no mercado representa um avanço significativo na qualidade dos serviços prestados pelos laboratórios de análises clínicas, atendendo de forma eficaz às necessidades da automação no laboratório de análises clínicas.
Confira abaixo algumas das características dos analisadores Analisa BIO:
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Fontes:
https://doi.org/10.1590/S0100-55022012000100019
https://www.gov.br/pt-br/servicos-estaduais/exames-bioquimicos-1
https://labvital.com.br/glossario/a-importancia-dos-marcadores-bioquimicos-em-exames-laboratoriais/
https://checkuplab.com.br/importancia-dos-exames-laboratoriais/
https://coggle.it/diagram/Xufnc-RfjThtj1uQ/t/principais-metodologias-na-realiza%C3%A7%C3%A3o-dos-exames-bioquimicos
http://www.ciencianews.com.br/aulavirt/metodos.pdf
Barreto AL, Filgueiras CAL. Origens da Universidade Brasileira. Química Nova. 2007;30(7):1780-90.